sexta-feira, 6 de maio de 2011

Faringite, o que é ?

A faringite é a inflamação da faringe (área da garganta que está situada entre as amígdalas e a laringe). A dornça pode tanto ser o primeiro sintoma de um simples resfriado quanto de um problema mais grave, como uma virose chamada mononucleose, muito comum em crianças.

SINTOMAS mais comuns

Os sintomas da faringite são a sensação de "garganta arranhada", febre, pus na garganta, dor de ouvido e dificuldade para engolir.

AGENTES

A faringite que acontece subitamente, tamém chamada de "faringite aguda", pode ser causada por bactérias ou por vírus. Já a faringite que dura um longo tempo, chamada de "faringite crônica", ocorre quando uma infecção se "espalha" de outro lugar (como o nariz) para a faringe.

PREVENÇÃO

Não fumar, não permanecer em ambientes poluídos, não dividir copos e talheres.

COMPLICAÇÕES

A doença pode evoluir para infecções mais graves, como a meningite.

TRATAMENTO

Deve ser prescrito por um médico, e inclui analgésicos, pastilhas, anti-térmicos e, eventualmente, antibióticos.

Laringite, o que é ?

É a inflamação da laringe (região da garganta onde estão as cordas vocais). Trata-se de uma doença que pode aparecer sozinha, ou também ser um sintoma de bronquite, pneumonia e de outras infecções respiratórias.

Sintomas

A laringite não causa muita dor, mas provoca rouquidão e tosse seca. Em geral, a voz do doente vai enfraquecendo ao longo do dia.

Agentes

Os causadores da laringite podem ser vírus, bactérias e agressões ambientais como bebidas muito geladas.

Prevenção

Não fumar, não tomar bebidas geladas, não compartilhar talheres e copos, repusar a voz, dormir bem, não gritar.

Complicações

Progredir para infecções maiores (como a meningite) ou provocar graves problemas na voz. Tratamentos Devem ser prescritos pelo médico. Podem incluir desde o repouso até o uso de antibióticos.

Choque Anafilático

Hoje já é incomum ocorrerem mortes provocadas por choques anafiláticos, pois nem todas as reações são graves a este ponto e também porque existem medicamentos que podem reverter o quadro. Quando ocorre a anafilaxia, grandes quantidades de histamina e outras substâncias são liberadas pelos mastócitos ao longo de todo o corpo.

A liberação de “mediadores inflamatórios” causa a dilatação dos vasos sanguíneos, diminuindo a pressão arterial. As vias respiratórias se estreitam e fica difícil respirar. Sintomas do choque anafilático incluem urticárias, inchaço dos lábios, língua e garganta, náusea, vômitos, dor abdominal, diarréia, falta de ar, queda da pressão, convulsões e perda de consciência.

Estes sintomas surgem muito rapidamente após o contato com o agente desencadeante. Quando são muito rápidas, essas reações deixam pouco tempo para atendimento hospitalar. Se seu médico suspeitar que você corre algum risco, ele pode recomendar que você tenha sempre à mão um kit de emergência que deve ser usado imediatamente, aos primeiros sinais de um choque anafilático. Não espere que apareçam outros sintomas, pois nunca se sabe a gravidade da reação.

Fale com seu médico, veja se você precisa desse kit e aprenda a utilizá-lo da forma correta. Ensine sua família como usá-lo também e mantenha-o sempre à mão, em lugares como seu carro, trabalho ou cozinha. Se seu filho corre o risco de choque anafilático, mantenha o kit em casa, na escola e deixe-o ao alcance de babás ou qualquer pessoa que estiver cuidando dele.
Conheça os locais de atendimento de emergência na sua cidade. Quando viajar, se informe sobre os locais de atendimento na cidade que você está visitando.

Alergia a remédio

Alergia a medicamentos é a principal causa de reações anafiláticas, as quais podem ser mortais. As drogas mais associadas a esse tipo de reação são: analgésicos (ácido acetilsalicílico, dipirona), antiinflamatórios, antibióticos, relaxantes musculares, alguns anticonvulsivantes, além de sangue ou seus componentes. Alguns alimentos e aditivos alimentares também podem provocar reações anafiláticas.

Se você tem alergia a remédios é muito importante ter esse tipo de informação impresso entre seus documentos pessoais. Carregar um cartão com os tipos de alergia que você tem pode ajudar médicos e equipes de resgate a tratá-lo com mais precisão. Peça que seu médico lhe oriente na confecção deste cartão de identificação.

Se você suspeita que apresentou reação alérgica a algum medicamento procure orientação especializada para esclarecer a sua condição.

Coceira na pele nem sempre é alergia

Coceira (ou Prurido) é a sensação na pele que leva ao desejo de coçar em busca de alívio. A palavra prurido deriva do latim pruritus e significa comichão, coceira. É descrita coceira em quase todos os vertebrados terrestres e pode variar desde formas leves, sel lesões aparentes na pele até formas graves, acompanhadas de escarificação e mutilações.
O Prurido é um sintoma subjetivo, ou seja, é uma sensação particular, variando em cada indivíduo e inerente às suas condições pessoais. É um sinal de que algo ocorreu para deflagar o sintoma. A coceira é comandada pelo sistema nervoso e tem um mecanismo muito similar ao da dor, indicando a presença de um fator irritante que ocasiona o sintoma e que necessita ser removido e controlado.
Chama-se de prurido simples nas ocasiões quando não há presença de lesões aparentes na pele. Ao coçar, produz-se a coçadura, que quando é feita de forma suave, extingue o sintoma sem deixar marcas. Mas, com o passar do tempo, a repetição do ato de coçar pode levar ao aparecimento de escoriações, manchas e engrossamento da pele.
É comum que as pessoas pensem que se a pele coça, deve ser uma alergia. Mas, este conceito cai por terra quando estudamos o universo deste sintoma, que pode surgir por inúmeras causas. È possível coçar porque a pele está ressecada como também refletindo doenças ou exprimindo dificuldades emocionais.
Roberto Lent, cientista da UFRJ em sua coluna publicada na revista Ciência Hoje em fevereiro de 2007, relata uma experiência curiosa realizada com voluntários que assistiam a uma conferência sobre a coceira, na qual se apresentavam transparências presumivelmente pruritogênicas (fotos de pulgas, pele arranhada, reações alérgicas), e depois fotos relaxantes, indutoras de bem-estar (crianças com a pele suave, almofadas fofas, pessoas tomando banho). Durante a conferência, o público era filmado por inúmeras câmeras posicionadas estrategicamente no auditório e a análise do filme feita posteriormente revelou que o público se coçou mais durante a palestra e na exibição das transparências pruritogênicas do que durante as relaxantes, sugerindo uma forte indução psicológica.
Doenças alérgicas que causam prurido:
- Reações alérgicas a medicamentos
- Dermatite Atópica
- Urticária
- Eczema de Contato
- Reações a alimentos
- Reações a agentes físicos: calor, frio, suor, etc.
Caso você tenha alguma alteração cutânea ou coceira, procure um médico alergista que irá analisar seu caso e detecar a causa, se é alérgica.
Entretanto, é importante lembrar que inúmeras condições e doenças podem causar prurido. Uma situação sem gravidade mas que pode se tornar incômoda é a coceira ocasionada pelo ressecamento da pele, que pode ocorrer em qualquer pessoa, mas em especial nos idosos, nos portadores de atopia ou em situações específicas.
O ressecamento cutâneo tende a coçar porque há um desequilíbrio no manto gorduroso que encobre a pele ocasionando menor proteção e maior facilidade de irritação, desencadeando a coceira. Por isso é muito importante hidratar a pele através de cuidados simples no banho diário, como o uso de sabonetes apropriados e afastamento dos fatores irritantes como a água quante, buchas e esponjas. Além disso, a utilização diaria e logo após o banho de um hidratante, aliado à ingestão hídrica adequada contribuirão para amenizar o problema.
Doenças que podem provocar prurido cutâneo:
- Doenças do Fígado: podem provocar acúmulo de sais biliares e provocar coceira incômoda, difícil de tratar e que não responde bem ao uso de antialérgicos (antihistamínicos).
- Diabetes
- Doenças do Rim, decorrentes da dificuldade na filtragem renal e aumento de substâncias no sangue que levam à coceira.
- Fatores hormonais: gravidez, menstruação.
- Doenças endócrinas
- Infecções: viroses como a catapora, por exemplo, se acompanham de coceira intensa. A escabiose (sarna) é uma parasitose que provoca coceira.
- Intoxicações por álcool e cocaína.
- Verminoses – oxiúros, por exmplo, se alojam no intestino e provocam coceira no ânus.
- Psicoses e psiconeuroses
- Outros.
Se você tem um prurido persistente, que não melhora, procure um médico para detectar a causa e indicar um tratamento adequado. Cremes e pomadas caseiras podem mascarar o quadro e piorar o problema.

Como aumentar a imunidade

Com a variação de temperatura, alguns sintomas como espirros, nariz entupido e aquela tosse constante começam a incomodar. Aí, você já pensa logo que se trata de uma gripe, o que é comum nessa época do ano (sem falar na tal gripe suína!). E, então, se entope de remédios, vitamina C etc. Mas se sintomas como esse não te deixam em paz ou aparecerem com muita frequência, pode ser que o seu organismo esteja dando um sinal de baixa imunidade. É quando a situação complica, porque uma alteração dessas no sistema imunológico favorece o aparecimento de várias outras doenças, alergias e infecções.
Entre as células do sistema imunológico estão os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, que têm a função de combater agentes causadores de doenças, capturando os microorgamismos estranhos ao organismo. São elas, também, que produzem anticorpos contra doenças. No entanto, alguns fatores podem diminuir a quantidade dessas células de defesa no sangue, nos deixando mais desprotegidos.
'Quando há uma alteração no sistema imune e as células não conseguem responder ao agente agressor, seja ele um vírus, uma bactéria ou um fungo, ele não é eliminado do organismo, provocando a doença', explica a imunologista Elisabete Blanc, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), no Rio de Janeiro.
É assim mesmo que funciona: estes microorganismos se aproveitam da fragilidade do organismo e atacam, principalmente nessa época do ano. 'O frio facilita a proliferação de vírus e bactérias e, por isso, as mudanças climáticas favorecem muito o aparecimento de alergias e infecções, principalmente respiratórias', esclarece a imunologista.
Mas os males causados pela baixa imunidade não param por aí. Além de gripe e infecções respiratórias, um organismo fragilizado fica exposto a otite (inflamação do ouvido), pneumonia, problemas gástricos, cistite, herpes e muitos outros problemas.
As causas da baixa imunidade do organismo são diversas. Ela pode estar relacionada a fatores hereditários, a outras doenças como Aids e diabetes, à carência de vitaminas, a desequilíbrios emocionais como depressão e estresse, à obesidade, a uma nutrição desequilibrada etc.
Segundo José Marcos, imunologista do Hospital Quinta D'Or, no Rio, certos sinais indicam que há algo de errado com o organismo e, por isso, merecem a nossa atenção: 'Quando o número de infecções for muito frequente, se elas forem muito graves ou se forem diferentes das habituais, é melhor procurar um médico. Doenças que se repetem e que não são completamente resolvidas mesmo com um tratamento adequado são um sinal de alerta', avisa o médico.
No entanto, é possível driblar esses inimigos da nossa saúde adotando certas táticas para deixar o funcionamento do nosso sistema imunológico em dia.
Para começar, vale optar pelos complexos vitamínicos. “As vitaminas são essenciais para garantir a boa imunidade do organismo', explica Jorge Jamili, especialista em medicina ortomolecular.
Segundo ele, a Vitamina A, por exemplo, fortalece a resposta imunológica, principalmente em se tratando das viroses infantis. Já a vitamina C possui efeito estimulador sobre os glóbulos brancos (leucócitos). A vitamina E aumenta a imunidade principalmente nos idosos, enquanto o complexo B aumenta a quantidade e a atividade dos anticorpos.
Além das vitaminas, o médico dá algumas dicas de alimentos que fortalecem nossas defesas. 'Frutas, legumes e verduras devem estar presentes em todas as refeições, pois reforçam o sistema imunológico. Além disso, é importante a ingestão de cereais integrais e de proteínas de alto valor biológico como o tofu queijo de soja), peixes e frango', aconselha o especialista.
Já o açúcar deve ser evitado, enquanto pães, massas e arroz branco devem ser substituídos por suas versões integrais. 'O sistema imunológico reduz a atividade em até 5 horas após a ingestão de açúcar e doces', alerta Jorge Jamili.
Nada como um sistema imunológico forte para te proteger de microorganismos e te deixar mais saudável. Portanto, cuide dele para que a sua saúde esteja sempre boa. Prevenção é o melhor remédio!

Rinite

Uma alergia é uma situação na qual o organismo sempre apresenta uma resposta imunológica (de defesa) diferente da resposta protetora esperada, causando alterações indesejáveis. O termo “alergia” vem do grego “allos”, que significa alterações do estado original. Então é claro, a alergia é uma reação específica do sistema de defesa do organismo à substâncias normalmente inofensivas. Pessoas que tem alergias freqüentemente são sensíveis a mais de uma substância.

Os tipos de alergenos - substâncias que causam reações alérgicas - incluem:

- pólens
- partículas de pó
- esporos de fungos
- alimentos
- látex
- veneno de insetos
- medicamentos

Quando a alergia afeta o sistema respiratório, chamamos de alergia respiratória.

Como se desenvolve?

Pensamos, atualmente, que as doenças alérgicas, de uma maneira geral, tem origem multifatorial e complexa. Acredita-se que, para sua ocorrência, tem que haver uma combinação entre uma predisposição genética da pessoa e uma situação no ambiente facilitadora para que a doença se exteriorize.

Dentre os fatores que favorecem o aparecimento da rinite alérgica em crianças, por exemplo, podemos citar o tabagismo passivo no primeiro ano de vida, história de alergias em parentes em primeiro grau, a exposição a alérgenos animais (pêlos de gato, cachorro e etc) e pouco tempo de aleitamento materno dentre outros.

Normalmente, o sistema imune funciona como defesa do organismo contra agentes invasores, como as bactérias e vírus. Entretanto, na maioria das reações alérgicas, o sistema imune (de defesa) está respondendo a um falso alarme. A pessoa primeiro entra em contato com um alergeno e o sistema imune trata este como um invasor e mobiliza-se para atacá-lo.

O sistema imune gera grandes quantidades de um anticorpo chamado imunoglobulina E (IgE). Cada anticorpo IgE é específico para um tipo particular de alergeno.

No caso da alergia a pólen, um tipo de anticorpo pode ser produzido para reagir contra um tipo de pólen, enquanto outro pode ser produzido para combater outro tipo de pólen.

Quando um alergeno (pólen, pó ou outro) entra em contato com seu anticorpo IgE específico, vários elementos químicos são liberados no sangue e passam a agir em várias partes do corpo, assim como no sistema respiratório, causando os sintomas da alergia.

No sistema respiratório, a alergia poderá manifestar-se como uma doença alérgica no nariz (rinite alérgica) ou nos pulmões e vias aéreas (asma ou hiper-reatividade brônquica).

Há também a polinose (febre do feno), que é uma doença que ocorre sempre na mesma época do ano – a primavera, quando ocorre a polinização. Os grãos de pólens de plantas se depositam nos olhos e nariz, levando a uma reação alérgica. Dentre as plantas que podem causar alergia estão: azevém, ciprestes, eucaliptos, plátanos, acácia e outros.

O que se sente?

- espirros
- coriza (nariz com corrimento)
- obstrução nasal
- tosse
- gota pós-nasal ("catarro escorrendo atrás da garganta")
- olhos, nariz e garganta um pouco avermelhados
- chiado no peito

Como se faz o diagnóstico?

Quando o médico conversa com seu paciente, ele tem a possibilidade de colher dados que indicam a presença da doença. O exame físico auxiliará neste sentido.

Além disso, o médico poderá realizar testes de pele e de sangue como exames complementares.

No teste de pele, o médico poderá definir se o paciente tem na sua pele anticorpos do tipo IgE que reagem a determinado alergeno. Utilizará extratos diluídos de alergenos como o pó dos ácaros, pólens ou mofos para realizar o teste, que pode ser feito através de inserção do alergeno debaixo da pele ou pela aplicação deste sob um diminuto arranhão feito no braço. Este teste de pele é fácil de fazer, além de ser barato.

Entretanto, não deverá ser feito em pessoas com eczema (tipo de doença alérgica disseminada na pele). Nestes casos, poderá ser feito um outro teste diagnóstico chamado RAST, que utiliza uma amostra de sangue para determinar os níveis do anticorpo IgE circulante no sangue contra um alergeno particular.

Sob orientação médica, alguns antialérgicos e antidepressivos devem ser suspensos antes dos testes diagnósticos serem realizados, para que os resultados não sejam afetados. De acordo com a medicação em uso, a suspensão poderá ser necessária com até 3 meses de antecedência.

Em relação a interpretação dos resultados dos testes, devemos lembrar que em crianças e idosos pode haver subestimação de tais resultados devido à reatividade diminuída neste grupo.

Como se trata? Como se previne?

O médico poderá recomendar o uso de anti-alérgicos para combater ou prevenir os sintomas da alergia respiratória.

A melhor opção de tratamento deverá ser definida pelo médico para o tratamento e prevenção da asma, hiper-reatividade brônquica e rinite alérgica.

Outra opção de tratamento é a imunoterapia (“vacinas”) que utiliza injeções com dosagens progressivas de substâncias que provocam a alergia, com o intuito de “acostumar” o corpo a receber tais alergenos, diminuindo a sensibilidade do organismo a estes.

Além das medicações, o médico poderá alertar o paciente sobre como evitar o contato com os alergenos.

Embora não exista cura para as alergias, uma destas estratégias ou a combinação delas poderá dar graus variados de alívio dos sintomas alérgicos

Asma

A asma brônquica é uma doença pulmonar muito frequente e que está aumentando em todo o mundo. Esta doença se caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, o que determina o seu estreitamento, causando dificuldade respiratória.

Este estreitamento é totalmente reversível e pode ocorrer em decorrência da exposição a diferentes fatores desencadeantes ("gatilhos"). Esta obstrução à passagem de ar pode ser revertida espontaneamente ou com uso de medicações.

As vias aéreas são tubos que dão passagem ao ar. Elas iniciam no nariz, continuam como nasofaringe e laringe (cordas vocais) e, no pescoço, tornam-se um tubo largo e único chamado traquéia.

Já no tórax, a traquéia divide-se em dois tubos (brônquios), direito e esquerdo, levando o ar para os respectivos pulmões.

Dentro dos pulmões, os brônquios vão se ramificando e
tornam-se cada vez menores, espalhando o ar.

COMO SE DESENVOLVE

As pessoas asmáticas reagem demais e facilmente ao contato
com qualquer "gatilho" (estímulo).

Dentre estes, os mais comuns são:

- alterações climáticas,

- o contato com a poeira doméstica,

- mofo,

- pólen,

- cheiros fortes,

- pelos de animais,

- gripes ou resfriados,

- fumaça,

- ingestão de alguns alimentos ou

- medicamentos.

A mucosa brônquica, que é o revestimento interno das vias aéreas, está constantemente inflamada por causa da hiper-reatividade brônquica (sensibilidade aumentada dos brônquios).

Nas crises de asma, esta hiper-reatividade brônquica aumenta ainda mais e determina o estreitamento das vias aéreas. Este fenômeno leva à tosse, chiado no peito e falta de ar.

Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de
asma podem ser explicados pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.

De qualquer forma, cerca de um terço de todos os asmáticos possui um familiar (pais, avós, irmãos ou filhos) com asma ou com outra doença alérgica.

Alguns asmáticos têm como "gatilho" o exercício. Ao se exercitarem, entram numa crise asmática com tosse, chiado no peito (sibilância) ou encurtamento da respiração.

Alguns vírus e bactérias causadoras de infecções respiratórias também podem estar implicadas em alguns casos de asma que se iniciam na vida adulta.

A asma brônquica pode iniciar em qualquer etapa da vida.

Na maioria das vezes, inicia na infância e poderá ou não durar por toda a vida.

SINTOMAS

Caracteristicamente, nesta doença os sintomas aparecem de forma cíclica, com períodos de piora.

Dentre os sinais e sintomas principais, estão:

- tosse, que pode ou não estar acompanhada de alguma
expectoração (catarro). Na maioria das vezes, não tem expectoração ou, se tem, é tipo "clara de ovo";

- falta de ar;

- chiado no peito (sibilância);

- dor ou "aperto" no peito.

Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.

A asma é a principal causa de tosse crônica em crianças e está entre as principais causas de tosse crônica em adultos.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas que surgem de maneira repetida e que são referidos pelo paciente.

No exame físico, o médico poderá constatar a sibilância nos pulmões, principalmente nas exacerbações da doença. Contudo, nem toda sibilância é devido à asma, podendo também ser causada por outras doenças. Todavia, nos indivíduos que estão fora de crise, o exame físico poderá ser completamente normal.

Existem exames complementares que podem auxiliar o médico. Dentre eles, estão:

- a radiografia do tórax,

- exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico); e a

- espirometria - identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar.

O asmático também poderá ter em casa um aparelho que mede o pico de fluxo de ar, importante para monitorar o curso da doença. Nas exacerbações da asma, o pico de fluxo se reduz.

TRATAMENTO

Para se tratar a asma, a pessoa deve ter certos cuidado com o ambiente, principalmente na sua casa e no trabalho. Junto, deverá usar medicações e manter consultas médicas regulares.

Duas classes de medicamentos têm sido utilizadas para tratar a asma:

Broncodilatadores:

Todo asmático deverá utilizar um broncodilatador. É um medicamento, como o próprio nome diz, que dilata os brônquios (vias aéreas) quando o asmático está com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse.
Existem broncodilatadores chamados beta2-agonistas - uns apresentam efeito curto e outros efeito prolongado (que dura até 12h). Os de efeito curto costumam ser utilizados conforme a necessidade. Se a pessoa está bem, sem sintomas, não precisará utilizá-los. Já aqueles de efeito prolongado costumam ser utilizados continuamente, a cada 12 horas, e são indicados para casos específicos de asma. Além dos beta2-agonistas, outros broncodilatadores, como teofilinas e anticolinérgicos, podem ser usados.

Antiinflamatórios:

Os corticóides inalatórios são, atualmente, a melhor conduta para combater a inflamação, sendo utilizados em quase todos os asmáticos. Só
não são usados pelos pacientes com asma leve intermitente (que têm sintomas esporádicos). Tais medicamentos são utilizados com o intuito de prevenir as exacerbações da doença ou, pelo menos, minimizá-las e aumentar o tempo livre da doença entre uma crise e outra.

Os antiinflamatórios devem ser utilizados de maneira contínua (todos os dias), já que combatem a inflamação crônica da mucosa brônquica, que é o substrato para os acontecimentos subseqüentes.

Existem outras possibilidades de tratamento, como o cromoglicato de sódio (bastante utilizado em crianças pequenas), o nedocromil, o cetotifeno e os anti-leucotrienos. Este último é relativamente novo e pode ser usado em casos específicos de asma ou associado aos corticóides.

Tanto os broncodilatadores quanto os antiinflamatórios podem ser usados de várias formas:

- por nebulização,

- nebulímetro ("spray" ou "bombinha"),

- inaladores de pó seco (através de turbohaler, rotahaler, diskhaler ou cápsulas para inalação) – são diferentes (e práticos) dispositivos para inalação,

- comprimido,

- xarope.

Os médicos dão preferência ao uso das medicações por nebulização, nebulímetro ou inaladores de pó seco por serem mais eficazes e causarem menos efeitos indesejáveis.

PREVENÇÃO

Como prevenção de crises de asma, o asmático poderá usar os corticosteróides, os beta2-agonistas de longa duração e os antileucotrienos, além de ter um bom controle ambiental, evitando exposição aos "gatilhos" da crise asmática.

Não há como prevenir a existência da doença, mas sim as suas exacerbações e seus sintomas diários.

Urticária

É uma chata reação na pele que afeta mais de 20% da população em algum momento da vida. Podem aparecer vergões vermelhos, elevados, mudando de tamanho e forma rapidamente. As lesões podem ser mais ou menos localizadas. São chamadas de urticárias agudas aquelas com menos de 30 dias de evolução e urticárias crônicas aquelas com mais de 4 a 6 semanas de evolução.

Como se desenvolve ou se adquire?

A urticária pode ser causada ou desencadeada por alguns alimentos, medicamentos, inalantes, infecções, verminose, doenças sistêmicas, agentes físicos (frio, calor, pressão, luz) e fatores emocionais.

O que se sente?

Aparecimento súbito de manchas avermelhadas elevadas que tendem a ter o centro mais claro, isoladas ou em grupos, com formato irregular, trocando rapidamente de lugar. Em geral, a coceira é intensa, podendo estar ausente em alguns casos. As lesões também podem apresentar ardência e ferroadas.

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico é feito pelas lesões e sua história rápida de aparecimento.
Muitas vezes são necessários exames de sangue, urina e fezes para ajudar na detecção de alguma doença associada ou desencadeante.
Para alguns casos mais raros é importante o exame de pele - biópsia - para descartar outras patologias (doenças) dermatológicas.

Como se trata?

Nos casos graves, com dificuldade de respirar, o tratamento deve ser uma emergência médica.
Nos casos moderados a leves, o tratamento pode ser com medicações por via oral ou de alívio dos sintomas com medicações tópicas (de passar na pele).
Sempre se deve investigar a causa, na tentativa de evitar o fator desencadeante.

Como se previne?

As orientações gerais são direcionadas na busca da causa do processo, enfatizando sempre a procura do uso de medicamentos, contatos, alimentos ou outros desencadeantes.
Quando for identificado um agente causador, o paciente deve ser informado claramente e orientado a não entrar mais em contato com esse agente, bem como a usar um identificador de alerta (plaquinha de aviso).

Prevenção das Doenças Alérgicas

O Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) realiza no próximo dia 5 uma série de atividades abertas ao público para comemorar o "Dia Nacional de Prevenção das Doenças Alérgicas" e o "Dia Mundial de Combate a Asma".

Idealizado pelo Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE), administrado pelo Iamspe, o evento inclui palestras sobre prevenção de doenças alérgicas, rinite e vacinas contra alergias, além de atividades educativas e recreativas - como escultura de balões, pintura e maquiagem - voltadas para crianças.

Sob a coordenação dos médicos João Ferreira de Mello e Wilson Tartuce Aun, as atividades acontecem entre 8h e 12h no saguão do 4º andar do ambulatório do HSPE, localizado à Rua Borges Lagoa, 1.755, Vila Clementino, e foram desenvolvidas em parceria com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai).

No dia serão distribuídos folhetos e materiais informativos sobre doenças alérgicas. Um plantão médico estará disponível para tirar dúvidas dos interessados.



Programação das palestras: 

8h30 - Prevenção das Alergias - Controle Ambiental: Dra. Aline Rocha Camporez

9h - O que é asma? Existe diferença entre asma e bronquite? Como tratar? Dra. Suênia Vedoato Almeida Saraiva

9h30 - Alergia a medicamentos: a automedicação pode ser perigosa?  Dra. Maria Angélica de Araújo Ferreira

10h - Como saber se tenho asma? Como medir a função pulmonar: Dra. Andrea Arruda Pereira
10h30 - Tenho rinite: pode ser alergia? Como tratar: Dr. Felipe Louro Coutinho

11h - Imunoterapia: vacinas podem ser úteis no tratamento das alergias?  Dra. Simone Valladão Curi

11h30 - Alergias na pele: como se apresentam e como diagnosticar? Dra. Annelise Luvison Costa Macedo


Serviço

O que: Palestras e atividades educativas e recreativas em comemoração ao Dia Nacional de

Prevenção das Doenças Alérgicas e ao Dia Mundial de Combate a Asma

Dia: 5 de maio

Horário: Das 8h às 12h

Local: Saguão do 4º andar do ambulatório do HSPE, na Rua Borges Lagoa, 1.755, Vila Clementino, São Paulo

Esmalte pode causar alergia e câncer

Vários são os cosméticos que contêm componentes químicos que podem ser prejudiciais à saúde: se usados freqüentemente, podem causar câncer.

A Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor analisou 12 tons de esmaltes na cor branca, das três marcas mais vendidas no país (Colorama, Risqué e Impala), para testar quais seriam as opções mais seguras para o consumidor.

O teste considerou, também, comparação da durabilidade, abrasividade, o tempo de secagem e o brilho. Sete tons das marcas Impala e Risqué foram mal avaliados por conterem concentrações de substâncias químicas que podem ser prejudiciais à saúde.

Alguns desses componentes já foram eliminados nas fórmulas dos produtos na Europa, como o dibutilftalato e o nitrotolueno, pois estudos apontaram ser potencialmente cancerígenos.

Os únicos produtos brasileiros que poderiam ser comercializados nos países europeus são os da Colorama e os hipoalergênicos da Risqué, que estão livres de tais substâncias. Mas, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa não restringe o uso do dibutilftalato nem o do nitrololueno. E não há limites para uso do tolueno e furfural, encontrados na composição dos esmaltes.

Pelas normas européias, a quantidade máxima permitida de tolueno é 25% (250.000 mg/kg), e a de furfural, 360 mg/kg. Os esmaltes da Impala (inclusive os da linha hipoalergênica) contêm dibutilftalato — e no caso do tolueno, havia concentrações próximas ou até além do limite permitido na Europa. Já os produtos tradicionais da Risqué têm nitrotoluene, e tolueno em quantidades próximas, ou no limite permitido.

Substâncias como dibutilftalato são usadas para plastificar os materiais e, no esmalte, para dar mais brilho. O tolueno é um solvente usado para fixação. Em contato com a pele pode causar alergia. Além disso, seu uso freqüente tem efeito cumulativo, podendo provocar câncer.

A Proteste enviou os resultados ao Ministério Público Federal de Minas Gerais para providências e solicitou à Anvisa que haja limitação ou exclusão de tais substâncias nas fórmulas dos esmaltes. Sugeriu, ainda, que seja firmado compromisso com os fabricantes do setor, como ocorreu na Comunidade Européia, para banir o uso de tais substâncias nos esmaltes.
Respostas
A Risqué manifestou-se a respeito dos testes, em nota oficial, na qual afirma que a marca “cumpre rigorosamente as determinações das legislações vigentes”. A empresa ainda afirma que, no processo de desenvolvimento e produção dos seus esmaltes, os componentes nitrotolueno e furfural não são adicionados. Além disso, ressalta que os esmaltes Risqué de ambas as linhas não contêm Dibutyl phtalate.

O Laboratório Avamiller de Cosméticos Ltda., responsável pela marca Impala, também diz produzir e comercializar todos os seus produtos de acordo com a legislação brasileira vigente, inclusive sendo notificados na Gerência Geral de Cosméticos – GGCOS da Anvisa.

Em nota da assessoria de comunicação, a empresa esclarece: “O componente Dibutilftalato, citado na composição do produto e em rotulagem, tem seu uso permitido em esmaltes no Mercosul, e foi adotado igualmente pelos países signatários deste Mercado Comum, inclusive o Brasil. Da mesma forma, os produtos da linha hipoalergência seguem estritamente a regulamentação da Anvisa (Resolução 343/05).”

A nota salienta ainda que o uso de esmaltes para adultos em crianças não é recomendado, mas reafirma que todos os produtos da marca são seguros para o uso dos consumidores.

Alergia na Pele

Um dos principais motivos para a temida Alergia na pele são os ácaros, os ácaros se desenvolvem em ambientes muito quentes e bastante úmidos e são encontrados em roupas, tapetes e almofadas. Aspirar pisos e tapetes é a melhor defesa contra pulgas, traças e ácaros, especialmente debaixo das camas e junto aos rodapés, onde poeira, insetos mortos e partículas de pele humana costumam se acumular, fornecendo alimento para as larvas.

1 - Se alguém em sua casa tiver alergia a ácaros, livre-se dos tapetes e cortinas.
2 - Para ajudar a reduzir o número de ácaros, lave a roupa de cama regularmente em água quente com sabão em pó e um jato de óleo de eucalipto. Se puder, seque tudo ao sol.
3 - Os ácaros não gostam de condições de moradia secas. Deixe entrar o sol e o ar fresco na casa sempre que possível e procure usar um desumidificador em quartos com umidade. Regularmente, areje os cobertores, edredons, almofadas e tapetes ao sol.
4 - Compre várias roupas de cama antialérgicas – forros especiais de microporos estão disponíveis para colchões, travesseiros e edredons. Seus pequeninos furos impedem a infestação de ácaros mas ainda permitem que o ar circule.
5 - Aspire com freqüência o piso, os estrados das camas e os colchões com um aspirador de pó potente com filtro de ar de alta eficiência (HEPA), que remove poeira e alérgenos de modo muito eficaz. Limpar regularmente a vapor os tapetes e estofados também ajuda.
6 - Limite os depósitos de pó mantendo a portas fechadas o máximo de coisas que puder. Estantes de livros abertas, objetos embaixo das camas e no alto dos armários são locais fáceis de acumular pó.
7 - Ponha os bichos de pelúcia no congelador por 24 horas para matar os ácaros. Lave-os em águamorna para remover as fezes dos ácaros.